segunda-feira, janeiro 28, 2008

A meio caminho da felicidade

Quando este post começou a ser escrito ainda não sabíamos que eras uma menina. A nossa Carolina! Ia com 20 semanas de gestação e queria assinalar o facto de estarmos a meio da viagem com um post. Dizia assim: ‘20 semanas. 20 semanas sem um enjoo, uma má disposição que não passasse ao fim de pouco tempo, uma enxaqueca que não passasse depois de uma noite de sono e do merecido descanso, umas quantas ligeiras, mas duradouras, dores de cabeça…’.
O resto, completo-o agora, depois de termos feito a ecografia das 21 semanas e de termos ficado a saber que és uma menina. A nossa tão desejada menina. Para além de termos ficado a saber o teu sexo, que nos levou às lágrimas, impressionou-nos o facto de já sabermos qual será a tua profissão quando cresceres. O que as novas tecnologias permitem saber… Provavelmente serás uma atleta de alta competição ou uma exímia acrobata. Estavas toda dobrada, literalmente com os pés na cabeça. Até o médico ficou impressionado, portanto imagina os teus pais babados.
Amanhã completas 22 semanas e deves ter, mais uma vez segundo os artigos da tia Joana, cerca de 28 cm e uns 350 g. Estás cada vez maior e a pança da mãe também. Fotografias para ilustrar é que ainda não há. O teu pai não gosta muito de fotografias, o que seguramente vai mudar quando tu nasceres, e à mãe não dá muito jeito tirar sozinha.
Ontem à noite o pai esteve a ensaiar os discursos: ‘Carolina vai deitar-te que o pai já te vai ler uma história’ e ‘Vai-te já deitar antes que leves umas palmadas’, mas o pai é um tonto. Agora que nos ouves, vamos começar a falar muito mais contigo.


Num outro post, Ano novo, vida nova, dizia que 150 g correspondia à quantidade de amêndoas que punha na tarte. Pois bem, 350 g é um pouco mais que a quantidade necessária para fazer a mousse de chocolate. ;)

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Amor firme

Depois de ter mandado um e-mail aos amigos a dar conta deste blogue, alguns, que não sei porquê continuam a não deixar aqui comentários e depois mandam e-mails, responderam-me. Entre essas respostas, uma que dizia …desde que fui mãe uma das coisas que considero mais difícil e que me preocupa é a educação e fazê-lo feliz…
Esta é uma aflição que me persegue há algum tempo. A da educação entenda-se. Já chegámos a acordo – se bem que na teoria é sempre fácil – que não nos vamos contradizer à frente dele e que o que um disser é o que vigora. Mas, ainda assim, tenho para mim que a tarefa da educação não é de todo a mais fácil.

Há dias, ao vermos uma reportagem sobre jovens que enveredaram pelas drogas e álcool, um pai afirmava que, por muito difícil que fosse, a maneira que encontraram para lidar com o filho foi através do “amor firme”. O saber dizer não quando achamos que é merecido e manter a palavra custe o que custar, independentemente de passados dois minutos vermos que afinal podia ser um “sim”. Vou tentar usar, e abusar, deste amor.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Laboratório exclusivo para grávidas

Provavelmente não irei lá, mas fica aqui a informação a quem interessar. Em Lisboa, há um espaço totalmente dedicado à grávida. Chama-se Laboratório da Grávida e realiza todos os exames e análises necessários durante o período de gestação, oferecendo ainda apoio nas áreas de endocrinologia/nutrição e saúde oral. Numa era em que pela Internet se pode fazer (quase) tudo, feitas as análises neste Laboratório a grávida pode ficar a saber o sexo do seu bebé on-line. É caso para dizer: e esta, hein?

Notícia
aqui (pág.8)

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Se não estivesse grávida, de certeza estaria com o período

Nunca me senti tão cansada quanto hoje. Também nunca te tinha sentido tão agitado quanto hoje (agitado = bebé, que não, ainda não sei o sexo). Como se isto não bastasse, parece que tive a primeira mudança de humor repentina. Basicamente estou cansada, nada de extraordinário, mas a verdade é que as dores nos ossos - deve ser mais ou menos assim que se sente o Homem Elástico – não me deixam dormir muito bem. E hoje levantei-me cedo. E ao fim do dia andei uns metros a mais do que o costume e fiquei cansada. E com fome. E ainda me irritei. Ainda bem que o dia está a chegar ao fim.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Ano novo, vida nova

Nunca, até aqui, esta expressão fez tanto sentido.
No dia antes de completar as 16 semanas acho que a minha barriga – a que daqui por diante me referirei carinhosamente como pança – se mexeu. A tia Joana, que pontualmente (!!!) todas as semanas me manda um documento com as mudanças e evolução da gravidez, disse-me que não devia ser possível. À noite, consulta com a ginecologista e a mesma resposta: a barriga ainda não deve mexer, mas já deve estar quase, quase a sentir o seu bebé. Pois bem, não demorou nem uma semana e ainda antes do Natal, em forma de formigueiro, que é a expressão que me parece mais adequada para descrever o que sinto, lá o comecei a sentir. Agora mais parece um ratinho que se mexe quando eu estou sentada ou mais sossegadita. O pai ainda não sente nada, mas a verdade é que no fim dessa mesma semana me pareceu ver a barriga a mexer novamente. Ilusão ou realidade não sei. Se é possível ou não, não deve ser, mas mãe que é mãe acha sempre que o seu filho é especial, portanto, porque é que eu não posso afirmar que o meu dá pontapés com tanta força que a pança já abana?
Entretanto veio o Natal e a passagem de ano, as primeiras comemorações com mais um coração a bater dentro de mim, como diz a tia Diana que, entretanto, também está grávida. Agora, estamos ansiosos à espera da ecografia das 20 semanas para ver se já conseguimos saber se vai ser um Rafael ou uma Carolina. Logo na primeira ecografia, que não gostámos nada – um médico distante, pouco falador e até um pouco antipático, tive um pressentimento que seria um rapaz. Depois, novo pressentimento e a certeza de mãe de que afinal era uma rapariga. Costuma dizer-se que interessa é que seja perfeitinho e é a essa expressão que me agarro.
Escusado será dizer que no Natal as prendas foram quase todas para o bebé! E assim se vai compondo o enxoval – coisa pirosa de se dizer e que só me faz lembrar aqueles baús que as mães antigamente iam enchendo, com naperões, lençóis de cetim, toalhas de casa de banho cheias de rendas, copos de cristal, e outros objectos que ainda permanecem no baú –, a que já nem fraldas faltam! Obrigada a todos.
Agora com 18 semanas, segundo as informações da tia Joana, já deves ter cerca de 21cm (na ecografia das 12 semanas tinhas quase 6cm) e pesar 150g, o equivalente, por exemplo, à quantidade de amêndoa que a mãe põe na tarte. Depois vais ver como a mãe é boa cozinheira e como a casa está sempre cheia de amigos para jantar. A partir de agora começas a conseguir ouvir vozes, especialmente à minha, por isso, acho que vou despachar A Fórmula de Deus, livro de José Rodrigues dos Santos, para ler O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry, oferecido pela tia Andreia. Supostamente este livro não é para ler aos 30 anos, mas assim ficas já a saber a história.