quinta-feira, agosto 07, 2008

10cm em dois meses

Ontem fomos à consulta dos dois meses e se já ao primeiro ficámos surpreendidos com o teu crescimento – no primeiro mês cresceste 6cm e engordaste 1.150kg – agora aconteceu precisamente o mesmo. Já tens 57cm e pesas 4.800kg. Se nasceste com 46,5cm, isto quer dizer que em apenas dois meses cresceste mais de 10cm, mas a pediatra diz que, provavelmente, se enganaram a medir-te na maternidade. Seja como for, a verdade é que quando lá foste a primeira vez e ela te mediu, tinhas 47cm. Quer isto dizer que, tal como o médico das ecografias tinha dito, és uma bebé muito grande. Se vais ser top model ou não, não importa, importa é que está tudo bem contigo.

Água? Só engarrafada!

Numa altura em que a Pais & Filhos publica um artigo em que, com base num estudo da Universidade Nova de Lisboa, aconselha a beber água da torneira e refere que os pais que dão esta água aos filhos são sensatos porque «a água da rede pública é mais diversificada em termos minerais, é mais pura bacteriologicamente do que a engarrafada e não tem os bisfenóis que as garrafas de plástico podem ter e que são produtos químicos que podem ter vários efeitos negativos sobre a sua saúde», questionámos a pediatra da Carolina em relação a isto. Diz ela: água da torneira nem pensar! Porquê? Porque não se sabe que bicharocos andam, e morrem, nos esgotos. E se for fervida? Nem mesmo assim, mas esta opinião baseia-se sobretudo numa situação verídica que aconteceu no Brasil, em que um homem morreu e ficou a aprodecer nos esgotos, tendo contaminado a água e levado várias pessoas ao hospital. Assim, mais vale prevenir que remediar e dar água engarrafada.

quarta-feira, agosto 06, 2008

As primeiras mini-férias

Sexta-feira passada rumámos ao Algarve para um fim-de-semana de praia e piscina. Ou, pelo menos, era assim que pensávamos que ia ser. A Carolina estranhou a casa - sabemos agora que é normal isso acontecer nos bebés, sobretudo quando são tão pequeninos como ela. Afinal se até os adultos levam as suas almofadas porque não conseguem dormir com outras, o que sentirão os bebés num ambiente totalmente diferente, rodeados de pessoas e sons que nunca ouviram antes? – e passou o dia a chorar. Foi o desespero. Pior ainda do que quando percebemos que o meu leite já não chegava e ela ficava com fome. Cheguei ao fim do dia a pensar que a única solução era regressarmos a casa, mas afinal lá diz o ditado ‘saber esperar é uma virtude’ e, depois do banho e de mais um choro, a Carolina lá se acalmou e dormiu as seis horas seguidas a que já nos habituou. Ao outro dia já era ela. A sorrir muito e a dormir ainda mais.

quarta-feira, julho 30, 2008

Dois meses

Na passada 2.ªf, a Carolina completou dois meses e se ao primeiro mês resolvemos que estava na altura de ela deixar de dormir na alcofa e passar para a cama de grades, neste segundo mês o que aconteceu não foi tão fácil de digerir. Pela primeira vez, deixei a Carolina em casa com a minha irmã. Foram as três horas mais longas da minha vida e se já antes conduzia rápido – o que se alterou desde que ela nasceu e anda comigo no carro – nesse dia foi a loucura e até deu para me enganar num caminho que conheço perfeitamente e fazer uns quantos quilómetros a mais. Mas isto para dizer que custa. É inevitável fazer a viagem a pensar: será que ela já adormeceu?, será que está a chorar?, será que a minha irmã a vai conseguir acalmar?, será...?. Por outro lado, se foi assim só para ir a Lisboa, como será quando regressar ao trabalho? Enfim, é aproveitar agora ao máximo e depois mais ainda para compensar o tempo sem ela.

terça-feira, julho 22, 2008

Será?

Quando eles estão dentro da nossa barriga é certo e sabido que sentem tudo o que nós sentimos, pelo que convém a maior calma e tranquilidade possível, mas será que com quase dois meses – como é o caso da Carolina – eles continuam a sentir o que nós sentimos? Seja como for, parece-me que a Carolina não se dá bem em certos sítios, sítios esses onde a mãe também não se sente completamente à vontade, e olhem que é difícil. É esperar pelas próximas vezes e ver se é só impressão da mãe.

quinta-feira, junho 19, 2008

Fraldas

Diz na nossa ‘bíblia’ que, em média, cada bebé usa cinco fraldas por dia, ao longo de três anos, o que custa cerca de 1.500€ no total.
Pois bem menina Carolina: está na altura de entrarmos em contenção. Porquê? Porque não queremos ser nós a estragar a média e esta semana, em apenas uma noite, gastaste o teu crédito de fraldas.
Filha: faz cocó e xixi à vontade. Antes para fraldas do que para o médico
!

quarta-feira, junho 18, 2008

De princesa come e dorme a rainha das cólicas

Chocolate nem vê-lo. Café muito menos. Laranjas, morangos ou ervilhas tão pouco. Idem para os fritos. Então, porque é que de um dia para o outro a Carolina passa a manhã quase toda a contorcer-se e a chorar? É assim desde 2.ªf e estávamos nós contentes por, mesmo assim, ela dormir bem de noite, até que hoje tudo mudou.
Diz quem percebe do assunto – entenda-se Mário Cordeiro no seu O Grande Livro do Bebé, que é a nossa bíblia – que é normal os bebés terem cólicas enter as três e as 12 semanas e dou por mim a pensar como é que serão os próximos dias...
Se até aqui a mama servia de consolo, agora nem isso. Resta-nos andar com ela ao colo, o que nos leva a outra dúvida – será que a estamos a habituar mal, como toda a gente diz? Por enquanto não estamos muito preocupados com os “maus vícios” que lhe possamos incutir, mas sim em tentar aliviá-la de alguma forma, nem que para isso fiquemos com músculos de aço!
Diz Mário Cordeiro que esta é uma fase de organização do cérebro, que terá de ser percorrida para se atingir um grau de maturidade superior. Portanto, é preciso que os pais retirem de cima de si qualquer culpa por pensarem que não estão a fazer o que deviam. É normal, faz parte da vida do bebé e ajuda-o a encontrar níveis mais perfeitos de organização e consolo.

Curiosamente, hoje a manhã até está a ser tranquila. Será que é só preciso escrever para exorcizar?

quarta-feira, junho 11, 2008

Duas semanas depois

A primeira foto da Carolina. A história continua em breve.

quinta-feira, junho 05, 2008

Uma semana e um dia depois

Está na altura de contar como foram estes primeiros dias, começando, obviamente, pelo já longíquo 28 de Maio, dia em que a Carolina nasceu. Ou melhor, começando pela 2.ªf dessa mesma semana, dia em que tudo se começou a desencadear mais rapidamente. Portanto, é caso para dizer que, para além de longo, o texto que se segue pode conter palavras ou levar à criação de imagens mentais menos indicadas a pessoas sensíveis.

2.ªf, dia 26 de Maio
A obstetra disse-nos para estarmos na Maternidade Alfredo da Costa (MAC) antes das 11h para irmos fazer um novo CTG, que desta vez acusou algumas contracções. Contracções essas que eu não senti, ou pelo menos não deu para perceber o que eram, e que deram origem a comentários estilo: «se isso é que são contracções, que venham elas». Estava-se mesmo a ver que pela boca morre o peixe, mas já lá vamos. O CTG estava normal mas a tensão arterial nem por isso, portanto toca a fazer análises e seguir para casa, porque na 3.ªf tínhamos nova consulta com a médica.

3.ªf, dia 27 de Maio
Este foi o dia que sempre nos disseram que era a data prevista do parto, até à última ecografia, que passou para 3 de Junho. E nós a querermos, não sei bem porquê, que ela nascesse em Maio... e que não nascesse no dia da prima – não sei se já tinha dito mas a minha irmã também estava grávida, praticamente do mesmo tempo que eu, e as previsões, para o fim, apontavam para o mesmo dia. A Iara, que é a minha sobrinha, nasceu ontem, exactamente uma semana depois da Carolina, às 22h30.
Retomando o fio à meada. 18h30 – consulta com a obstetra. As análises estavam boas, portanto altura de fazer o descolamento da bolsa, que é como quem diz: toca de abrir as pernas para eu meter aí as mãos a ver como isso está. Quando fiz o primeiro toque perguntaram-me qual era a sensação: «é como se tivesse uma mão até ao pescoço», mas nada que não se aguente!
Acabámos a consulta com a indicação para ir fazer as últimas análises e ir ter com a médica à maternidade no domingo, dia 1, de manhã.

4.ªf, dia 28 de Maio
A noite já não foi tão tranquila, se é que aos 9 meses de gravidez ainda podia dizer que tinha noites tranquilas..., mas de manhã lá fui fazer as benditas análises. Para os mais distraídos ainda na 2.ªf tinha feito, e vão ver que não vamos ficar por aqui. Análises a tudo e mais alguma coisa que precisavam de uma credencial do médico de família, portanto, fui fazê-las, vim para casa tomar o pequeno-almoço com o maridão e meti-me no carro para ir ao centro de saúde. No regresso, uma paragem na mãe para ir à mercearia comprar legumes para fazer sopa – sim, no último dia é que me deram os desejos – e desabafar com a mãe que «isto hoje já não está nada como ontem...». Mal eu sabia que o isto eram as tais contracções, que começaram a intensificar-se a uma velocidade vertiginosa. De regresso a casa, ainda me deu para ir lavar e estender uma máquina de roupa – li algures que nos dias que antecedem o parto, as mulheres têm tendência a dedicar-se mais tempo à lida da casa. A sopa é que já não foi feita. Num espaço de poucas horas, as contracções depressa chegaram aos 10 minutos de intervalo. Altura para ligar à médica que... não estava disponível. Porquê? Porquê? Nova tentativa e mais uma e outra. Nada. Quase 5 minutos de intervalo. Altura de ligar para o maridão. «Onde estás? Acho que é melhor irmos para baixo.» Chegámos à MAC com contracções com menos de 5 minutos de intervalo. Eram 16h e depois de ouvir as enfermeiras perguntar se era o primeiro filho e dizerem que em situações como a minha, normalmente, o trabalho de parto demora entre 12h a 14h, novo toque que indicou que já estava com quase 3 dedos de dilatação. «Tome lá uma bata e uns chinelos. Vamos tratar do internamento.» Sentadinha de rabo ao léu numa “confortável” cadeira de plástico, a contorcer-me toda, sinto um jacto de água a sair sem que tivesse controlo para o parar. «Acho que me rebentaram as águas», digo, e a gentil enfermeira continua: nome, profissão, quem vai acompanhar no parto, ... Dois impressos à frente e novo jacto: «continuo a perder água. É normal?». Novo toque e a bolsa rebentada. Toma lá o belo do clister, vai chamar o marido e começa a fazer quilómetros no corredor. Feito o cócó da praxe, o quarto 5 foi o meu destino. Foi ali que fiz novas análises, porque as da manhã obviamente não estavam prontas e aquelas alminhas não encontraram as de 2.ªf a tempo; que soube o que eram contracções à séria e que a Carolina nasceu, de parto normal, sem epidural, porque eram precisos os resultados das análises e entretanto fiz a dilatação toda. Foi também ali que uma enfermeira vinda do Funchal aprendeu a costurar.
Se dói? Dói! Se é uma dor insuportável? É! Se se morre com aquelas dores? Claro que não! Obviamente não é pêra doce e eu acho que me portei muito mal, que nunca gritei ou gemi, nem sei, tanto como naquela altura, mas o momento da expulsão, em que falta tão pouco, mas tão pouco, para a ter nos braços, depois de 9 meses a imaginar como é que ela seria, supera tudo o resto. E é uma sensação única, para a qual, provavelmente, nunca encontrarei palavras para descrever. Mas o “melhor” ainda está para vir.
Depois da Carolina nascer e de ter vindo directamente para cima de mim – aquele contacto, pele com pele, sangue do meu sangue, um ser vindo de dentro de mim, gerado com tanto amor, outra sensação indescritível – pedi para avisarem o pai. O que ele sentiu vou deixar que ele depois conte.
Entre o avisarem e ele ter chegado ao pé de mim passou-se mais de 1h, o tempo da aula de costura. A tal enfermeira que veio da Madeira, mas que já está cheia de saudades do filho, e que por mim bem podia voltar para o pé dele, esteve a aprender a costurar num dos melhores panos que podia encontrar: eu. Lá lhe fui dizendo que ninguém nascia ensinado, que todos tínhamos de aprender, para não se preocupar, que eu sabia que era mesmo assim, mas a dada altura já estava farta da conversa que a senhora tentava fazer para me distrair e lá lhe disse para me avisar apenas quando fosse dar mais um “nó cego”, que não era preciso fazer conversa, até porque perguntarem-me o que eu faço e onde trabalho a esta altura do campeonato também não era de todo o mais indicado. E a aula de costura até nem correu mal até a enfermeira que a estava a supervisionar resolver abandonar o quarto, provavelmente para ir ligar ao marido ou fumar um cigarrinho. Escusado será dizer que quando regressou e olhou para os pontos – já disse que me cortaram em dois sítios? É que ao primeiro corte resolvi levantar o rabo da maca e encolher-me, o que deu direito a mais um corte – fez uma daquelas caras que nem eram precisas palavras. A aluna não passou com distinção no exame de costura e os pontos tiveram de ser removidos e dados de novo. E eu ali a pensar no desejo profundo de fechar as pernas nem que fosse só por um minutinho...
Finda a aula, lá vem o pai com a Carolina nos braços e se com a expulsão já tudo o resto tinha deixado de fazer sentido, foi neste momento que me senti plena. Vê-lo entrar no quarto com ela nos braços, dar-me aquele beijo, as primeiras palavras,...

(cont.)

terça-feira, maio 20, 2008

Em pantanas

A casa ainda não está pronta para a tua chegada. Esta é a triste verdade que estes pais desnaturados têm para contar. Apesar de há mais de duas semanas andarmos em constantes (des)arrumações, depois de durante dois meses termos feito de hospedaria, ainda não nos orientámos e a casa está de pantanas.
Só ontem montámos a tua cama no nosso quarto. A roupa para a alcofa ainda está por lavar, e isto para não falar na pilha de roupa minúscula que teima em crescer perante a teimosia desta mãe que quer ser a única pessoa a passá-la a ferro. A banheira ainda está na casa dos tios Verónica e Jorge à espera que passemos por lá a buscá-la. As malas estão feitas, mas só porque na passada 6.ªf tivemos a primeira consulta na maternidade e mais vale prevenir que remediar. A tua ainda tem de ser revista, porque só ontem comprámos bodies de manga comprida, porque lhe falta a tua primeira roupinha, que tens a triplicar, oferta das duas avós e da tia, e a roupa com que vais sair à rua. Uma mariquice da mãe.
E ontem, depois de montada a cama, demos por nós a remexer em caixas e caixotes e fomos dar com o meu álbum de bebé. O pai ainda nunca o tinha visto e fartou-se de rir. Palpita-me que eu farei o mesmo quando vir o dele e tu quando vires os de nós os dois. O teu, tenho a certeza que vai ser lindo. E isto para dizer o quê? Para dizer que apesar de a casa não estar pronta para a tua chegada, nós estamos.

segunda-feira, maio 12, 2008

Parto natural vs cesariana

Quando somos crianças e imaginamos o que queremos ser quando formos grandes, ao contrário da maior parte das minhas amigas, que pensavam ser médicas, advogadas, veterinárias e afins, sempre me imaginei a ser… mãe! Desde essa altura sempre me imaginei em casa com um rebanho de filhos. Se tinha alguma outra profissão não me lembro, mas sei que sempre me imaginei rodeada de crianças. Seis. Foi esse o número que acordámos ainda em namorados. Dificilmente lá chegaremos, mas o que importa é que a primeira já está quase, quase a chegar. Mas, voltando novamente atrás no tempo, nunca pensei muito em como seria a hora do parto. Agora penso, mas também já pensei mais, e já estou como um pediatra de uma amiga que lhe diz «tudo o que entra tem de sair». À medida que a gravidez foi evoluindo, dei por mim inúmeras vezes a pensar se ela já estaria de cabeça para baixo e a pensar no momento do parto que, indubitavelmente, seria natural. Para mim, que é tudo novidade e falo sem experiência, o parto, desde que esteja tudo bem com a mãe e com o bebé, deve ser natural. É essa a minha posição.

No dia em que eu nasci, a minha mãe chamou a ambulância ao longo da madrugada. Eles apareceram de manhã e com um miúdo que tinha partido uma perna. Conclusão: os bombeiros acabaram por ter de encostar numa berma, curiosamente em frente à casa onde vivo agora, para eu nascer, com aquela criança e respectiva mãe a assistir a tudo. Escusado será dizer que a minha mãe nem chegou a ir ao hospital e foi logo levada para casa.

Não sendo de extremos, este não é de todo o cenário em que gostava que a Carolina nascesse, mas faz-me alguma confusão a facilidade com que hoje se escolhe entre o parto natural e a cesariana, supostamente porque é mais fácil ou se sofre menos. Ser mãe não é isso mesmo? Não digo, obviamente, a parte do sofrimento que está inerente ao parto, mas o sermos abençoadas por poder gerar um ser dentro de nós. Assim que engravidei espantou-me o discurso, não que fosse novidade, mas quando nos bate à porta é como se fosse o confirmar de tudo o que até aqui só se suspeitava, do «aproveita agora», «vais ver que depois não tens tempo para nada», «depois é que vais ver como elas são». Quando duas pessoas escolhem ser pais, em princípio, à partida já sabem que as suas vidas vão mudar radicalmente, mas será assim tão difícil numa primeira troca de palavras com alguém que vai viver essa experiência pela primeira vez dizer tão simplesmente «parabéns. Vais ver a maravilha que é ser mãe»? Que a vida não é fácil já todos o sabemos, mas também o que seria de nós, da nossa ambição, do nosso dia-a-dia, se não tivéssemos contratempos e momentos menos bons? Uma monotonia parece-me. Portanto, tudo isto para dizer que me parece uma verdadeira mariquice das mães que pedem para fazer cesariana.

Se calhar daqui a umas duas ou três semanas, altura em que a Carolina deve saltar cá para fora, vou-me arrepender de dizer isto, mas é o que penso e só mesmo em caso de risco de vida para mim ou para ela é que ponderaria essa hipótese. Também o que seria do verde se todos gostassem do amarelo?

terça-feira, abril 29, 2008

Viva o Pirata

Uma notícia publicada hoje no Meia Hora dá conta de um estudo alemão que revela que as crianças que tenham um cão em casa são menos susceptíveis de ter doenças respiratórias. Uma boa notícia quando já se tem um cão em casa. Agora só falta educar o cão… algo que não fizemos até agora.

quarta-feira, abril 23, 2008

Grávidas que comem melhor têm mais meninos

Diz uma notícia do Portugal Diário, aqui, que as grávidas que comem melhor têm mais meninos e é nestas alturas (parvas) que fico contente com a minha anemia, com o facto de não gostar de sopa, saladas e legumes e comer pouca fruta - algo que entretanto, obrigatoriamente, mudou.

Esta alegria foi foi passageira, porque continuando a ler a notícia constata-se que este facto, entre outros, foi verificado em muitas espécies de invertebrados e também em vacas, cavalos e veados...

quinta-feira, abril 17, 2008

Outras Carolinas famosas

Ao ler isto: Ó da guarda, Carolina!, não pude deixar de sentir um certo orgulho em termos escolhido Carolina para ti.

quarta-feira, abril 09, 2008

Cara de pastel de nata

Ontem foi dia de consulta na ginecologista/obstetra. Sabia que me tinha portado mal em termos de alimentação, portanto, já ia semi-preparada para os números que a balança me ia apresentar, apesar da pança já os tapar quase por completo. [Ainda ontem estava a falar com um amigo sobre a dificuldade que devem sentir os homens barrigudos na hora do sexo…] Quatro quilos em quatro semanas, o que dá um total de quase 14 kg nestes pouco mais de sete meses de gravidez. Isto era o que era suposto engordar até ao fim, o que quer dizer que agora me tenho de comportar bem. Diz a médica, como que a querer assustar-me, que já viu mulheres que dizem: ‘se já peso 100 kg, o que é mais um quilo ou dois?’. Amigos do meu coração que até aqui têm sido generosos e me têm dito que eu não estou nada gorda, que estou muito bem, que a pança até não está nada do outro mundo - as mamas, essas, é que é melhor nem me pronunciar -, continuem a ser gentis mas quando já não couberem ao meu lado no restaurante ou tiverem de me ajudar a levantar do sofá, porque já não posso com o rabo, tenham a decência de me alertar para as vantagens de uma dietazinha e do retomar do ginásio.

No entanto, este post não era para falar dos quilos mas sim, e mais uma vez, dos ditados antigos. Tendo escolhido uma médica da cidade, não foi com muito espanto que constatei que a senhora não conhece algumas pérolas que persistem nas aldeolas, como a da azia. E ontem, para além desta, ao tentar explicar-lhe a minha gulodice acentuada, disse-lhe que há um outro ditado que diz que a mãe tem de comer tudo o que lhe apetecer porque senão o bebé nasce com a cara daquilo que a mãe lhe apetecia ou com o cabelo em pé. Era ver quem se ria mais. Ela, que disse nunca ter ouvido uma explicação tão boa; eu, que desatei a rir desalmadamente – coisa que nos últimos tempos tem acontecido frequentemente; ou a Carolina, que com a minha agitação não parava de se mexer e não nos deixava encontrar o ritmo cardíaco.

Enfim, adágios que apesar de nem sempre fazerem sentido não deixam de ser engraçados e que se vão perdendo no tempo.

terça-feira, abril 01, 2008

‘A maternidade anda a deixar-te demasiado calma’

Quem o diz é a tia Joana, que todas as semanas manda uns textos que já aqui falei e que dão conta da tua evolução. Diz isto a propósito de se ter enganado na semana e ter enviado o texto repetido. Não reclamo e ela diz que não devo andar bem. No entanto, e apesar da falta de novidades virtuais, a verdade é que me sinto muito bem, cada vez mais ansiosa é verdade, mas radiante. Quando me perguntam se tenho passado bem, a resposta não podia ser outra: sim! Estou a adorar a gravidez e, tal como aconteceu nos primeiros tempos de casada, em que toda a gente perguntava como estava a ser, recomendo. Acho que toda a gente, entenda-se toda a gente que tenha esse desejo, devia ser mãe. Tal como aconteceu connosco, esperámos (supostamente) pelo momento certo – se é que ele existe – e não podíamos estar mais felizes. À medida que se aproxima o grande dia começam a surgir novos medos, outros anseios e mais do mesmo. No trabalho nada de novo, e agora já só espero que assim continue. Calma ou não, a verdade é que acho que cada dia é composto de mudança, como dizia a música, e sinto-me em paz. Como diz a professora de ioga, em harmonia com a natureza e com o que me rodeia. E é assim que me espero manter ao longo destes dois meses que faltam.

quinta-feira, março 13, 2008

Milagres

São notícias como esta: "Fetos salvam mãe" que me fazem acreditar que vale a pena acordar todos os dias com um sorriso no rosto.

segunda-feira, março 10, 2008

Ditados antigos

Dizem os antigos, com a mesma sapiência com que olham para o formato das barrigas e dizem logo se é rapaz ou rapariga, que quando a mãe tem azia, é sinal que está a crescer o cabelinho à criança. Se assim for, palpita-me que a Carolina já vem de tranças, qual Pipi das Meias Altas.

Nove meses

Desde que decidimos que estava na altura de engravidar, até hoje, já se passaram 16 meses – esta é uma das palermices que chegam com a gravidez e que provavelmente nunca chegarei a entender: porque é que quando nos perguntam a idade dos bebés, dizemos tem 18 meses ou 22 meses e meio? Deixam de haver anos, depois de se contar uma gravidez pelas semanas? – e ao longo de todo este tempo vivemos com dúvidas, incertezas, inseguranças e perguntas, muitas. Primeira: porquê é que não conseguimos engravidar? Segunda: será que está tudo bem com o nosso bebé? Que não tem nenhuma malformação? (esta acompanha-nos sobretudo até à ecografia das 12 semanas) Terceira: será que tem os órgãos todos no sítio certo? E os dedos, estarão lá todos? (esta deixa de se aplicar a partir da ecografia das 21/22 semanas) Depois, e todos os dias até ao fim, calculo: hoje não se mexeu tanto como é costume, estará tudo bem? Deu-me uma dor forte e fiquei com a barriga rígida, será normal? Como é que será quando nascer? Será que se vai aguentar até ao fim do tempo? É um rol de perguntas que não pára de aumentar e uma pessoa a tentar controlar a ansiedade. Mas, nem sempre é possível. E depois, como acontece sempre, a história de alguém cujo parto estava previsto para a semana e que o bebé morreu. Ou as histórias que nos chegam quase diariamente de crianças que morrem com doenças raras, por quedas ou que são mesmo mortas pelos pais. E, mais uma vez, uma outra pergunta, que se repete: porque é viver custa tanto?
Ainda assim, e para os mais alarmistas, continuo a encarar a gravidez como uma verdadeira bênção e os últimos meses têm sido de alegria constante, mas que esta cabecinha não pára, não!

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Ai que vontade...

- Então, já sabes o que vai ser?
- Sim, é uma menina.
- Como é que se vai chamar?
- Gertrudes!

- Então, já sabes o que vai ser?
- Sim, é uma menina.
- Como é que se vai chamar?

- Benvinda!

- Então, já sabes o que vai ser?
- Sim, é uma menina.
- Como é que se vai chamar?

- Cremilde!

- Então, já sabes o que vai ser?
- Sim, é uma menina.
- Como é que se vai chamar?

- Georgete!

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Os pontapés da Carolina

Não sei precisar quando te comecei a sentir, mas sei que já há umas quantas semanas me fazes ainda mais companhia. Ainda no outro fim-de-semana estava a dizer ao pai: agora já não me posso queixar de que vou sozinha a qualquer lado, porque tu estás sempre comigo e agora já não há mesmo margem para dúvidas. A pança esticou, alargou e parece mesmo que escondo uma bola de basquetebol debaixo da camisola, e tu deves ter uns 30 cm (segundo os textos maravilha da tia Joana), o que comparado com os menos de 6 cm que tinhas quando fizemos a primeira ecografia representa uma grande evolução. Também já deves ter ultrapassado o meio quilo portanto, segundo os gráficos do médico que dizem que no máximo deves chegar aos 3.500 kg, tens mais cerca de três meses (sim, já vamos nas 24 semanas de gestação, que passaram a correr) para engordar os três quilos que faltam.

A par do teu peso e da companhia que fazes questão de assinalar com uns remexidos e uns pontapés que a mãe adora, este fim-de-semana o pai também já os sentiu. A primeira vez foi na 6.ªf, dia 9 de Fevereiro, e ontem voltou a senti-los. E se até aqui achávamos que ias ser ginasta, depois do pontapé de ontem, chegam-nos as certezas de pais babados que serás o Cristiano Ronaldo do futebol feminino.

A verdade é que não nos preocupa o que tu quererás ser quando fores grande. Neste momento, e depois dos anseios iniciais em fazer todas as análises, rastreios e testes para ver se estava tudo bem contigo, começa a chegar a ansiedade de te termos a nosso lado. De vermos como és, ver os teus olhos, as tuas mãos, a tua boca, os teus pés, as tuas orelhas (que esperamos não sejam parecidas com as nossas), de te termos ao pé de nós na nossa casinha de chocolate, como diz o primo Onofre. Mas ainda falta…

segunda-feira, janeiro 28, 2008

A meio caminho da felicidade

Quando este post começou a ser escrito ainda não sabíamos que eras uma menina. A nossa Carolina! Ia com 20 semanas de gestação e queria assinalar o facto de estarmos a meio da viagem com um post. Dizia assim: ‘20 semanas. 20 semanas sem um enjoo, uma má disposição que não passasse ao fim de pouco tempo, uma enxaqueca que não passasse depois de uma noite de sono e do merecido descanso, umas quantas ligeiras, mas duradouras, dores de cabeça…’.
O resto, completo-o agora, depois de termos feito a ecografia das 21 semanas e de termos ficado a saber que és uma menina. A nossa tão desejada menina. Para além de termos ficado a saber o teu sexo, que nos levou às lágrimas, impressionou-nos o facto de já sabermos qual será a tua profissão quando cresceres. O que as novas tecnologias permitem saber… Provavelmente serás uma atleta de alta competição ou uma exímia acrobata. Estavas toda dobrada, literalmente com os pés na cabeça. Até o médico ficou impressionado, portanto imagina os teus pais babados.
Amanhã completas 22 semanas e deves ter, mais uma vez segundo os artigos da tia Joana, cerca de 28 cm e uns 350 g. Estás cada vez maior e a pança da mãe também. Fotografias para ilustrar é que ainda não há. O teu pai não gosta muito de fotografias, o que seguramente vai mudar quando tu nasceres, e à mãe não dá muito jeito tirar sozinha.
Ontem à noite o pai esteve a ensaiar os discursos: ‘Carolina vai deitar-te que o pai já te vai ler uma história’ e ‘Vai-te já deitar antes que leves umas palmadas’, mas o pai é um tonto. Agora que nos ouves, vamos começar a falar muito mais contigo.


Num outro post, Ano novo, vida nova, dizia que 150 g correspondia à quantidade de amêndoas que punha na tarte. Pois bem, 350 g é um pouco mais que a quantidade necessária para fazer a mousse de chocolate. ;)

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Amor firme

Depois de ter mandado um e-mail aos amigos a dar conta deste blogue, alguns, que não sei porquê continuam a não deixar aqui comentários e depois mandam e-mails, responderam-me. Entre essas respostas, uma que dizia …desde que fui mãe uma das coisas que considero mais difícil e que me preocupa é a educação e fazê-lo feliz…
Esta é uma aflição que me persegue há algum tempo. A da educação entenda-se. Já chegámos a acordo – se bem que na teoria é sempre fácil – que não nos vamos contradizer à frente dele e que o que um disser é o que vigora. Mas, ainda assim, tenho para mim que a tarefa da educação não é de todo a mais fácil.

Há dias, ao vermos uma reportagem sobre jovens que enveredaram pelas drogas e álcool, um pai afirmava que, por muito difícil que fosse, a maneira que encontraram para lidar com o filho foi através do “amor firme”. O saber dizer não quando achamos que é merecido e manter a palavra custe o que custar, independentemente de passados dois minutos vermos que afinal podia ser um “sim”. Vou tentar usar, e abusar, deste amor.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Laboratório exclusivo para grávidas

Provavelmente não irei lá, mas fica aqui a informação a quem interessar. Em Lisboa, há um espaço totalmente dedicado à grávida. Chama-se Laboratório da Grávida e realiza todos os exames e análises necessários durante o período de gestação, oferecendo ainda apoio nas áreas de endocrinologia/nutrição e saúde oral. Numa era em que pela Internet se pode fazer (quase) tudo, feitas as análises neste Laboratório a grávida pode ficar a saber o sexo do seu bebé on-line. É caso para dizer: e esta, hein?

Notícia
aqui (pág.8)

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Se não estivesse grávida, de certeza estaria com o período

Nunca me senti tão cansada quanto hoje. Também nunca te tinha sentido tão agitado quanto hoje (agitado = bebé, que não, ainda não sei o sexo). Como se isto não bastasse, parece que tive a primeira mudança de humor repentina. Basicamente estou cansada, nada de extraordinário, mas a verdade é que as dores nos ossos - deve ser mais ou menos assim que se sente o Homem Elástico – não me deixam dormir muito bem. E hoje levantei-me cedo. E ao fim do dia andei uns metros a mais do que o costume e fiquei cansada. E com fome. E ainda me irritei. Ainda bem que o dia está a chegar ao fim.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Ano novo, vida nova

Nunca, até aqui, esta expressão fez tanto sentido.
No dia antes de completar as 16 semanas acho que a minha barriga – a que daqui por diante me referirei carinhosamente como pança – se mexeu. A tia Joana, que pontualmente (!!!) todas as semanas me manda um documento com as mudanças e evolução da gravidez, disse-me que não devia ser possível. À noite, consulta com a ginecologista e a mesma resposta: a barriga ainda não deve mexer, mas já deve estar quase, quase a sentir o seu bebé. Pois bem, não demorou nem uma semana e ainda antes do Natal, em forma de formigueiro, que é a expressão que me parece mais adequada para descrever o que sinto, lá o comecei a sentir. Agora mais parece um ratinho que se mexe quando eu estou sentada ou mais sossegadita. O pai ainda não sente nada, mas a verdade é que no fim dessa mesma semana me pareceu ver a barriga a mexer novamente. Ilusão ou realidade não sei. Se é possível ou não, não deve ser, mas mãe que é mãe acha sempre que o seu filho é especial, portanto, porque é que eu não posso afirmar que o meu dá pontapés com tanta força que a pança já abana?
Entretanto veio o Natal e a passagem de ano, as primeiras comemorações com mais um coração a bater dentro de mim, como diz a tia Diana que, entretanto, também está grávida. Agora, estamos ansiosos à espera da ecografia das 20 semanas para ver se já conseguimos saber se vai ser um Rafael ou uma Carolina. Logo na primeira ecografia, que não gostámos nada – um médico distante, pouco falador e até um pouco antipático, tive um pressentimento que seria um rapaz. Depois, novo pressentimento e a certeza de mãe de que afinal era uma rapariga. Costuma dizer-se que interessa é que seja perfeitinho e é a essa expressão que me agarro.
Escusado será dizer que no Natal as prendas foram quase todas para o bebé! E assim se vai compondo o enxoval – coisa pirosa de se dizer e que só me faz lembrar aqueles baús que as mães antigamente iam enchendo, com naperões, lençóis de cetim, toalhas de casa de banho cheias de rendas, copos de cristal, e outros objectos que ainda permanecem no baú –, a que já nem fraldas faltam! Obrigada a todos.
Agora com 18 semanas, segundo as informações da tia Joana, já deves ter cerca de 21cm (na ecografia das 12 semanas tinhas quase 6cm) e pesar 150g, o equivalente, por exemplo, à quantidade de amêndoa que a mãe põe na tarte. Depois vais ver como a mãe é boa cozinheira e como a casa está sempre cheia de amigos para jantar. A partir de agora começas a conseguir ouvir vozes, especialmente à minha, por isso, acho que vou despachar A Fórmula de Deus, livro de José Rodrigues dos Santos, para ler O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry, oferecido pela tia Andreia. Supostamente este livro não é para ler aos 30 anos, mas assim ficas já a saber a história.