quinta-feira, janeiro 03, 2008

Ano novo, vida nova

Nunca, até aqui, esta expressão fez tanto sentido.
No dia antes de completar as 16 semanas acho que a minha barriga – a que daqui por diante me referirei carinhosamente como pança – se mexeu. A tia Joana, que pontualmente (!!!) todas as semanas me manda um documento com as mudanças e evolução da gravidez, disse-me que não devia ser possível. À noite, consulta com a ginecologista e a mesma resposta: a barriga ainda não deve mexer, mas já deve estar quase, quase a sentir o seu bebé. Pois bem, não demorou nem uma semana e ainda antes do Natal, em forma de formigueiro, que é a expressão que me parece mais adequada para descrever o que sinto, lá o comecei a sentir. Agora mais parece um ratinho que se mexe quando eu estou sentada ou mais sossegadita. O pai ainda não sente nada, mas a verdade é que no fim dessa mesma semana me pareceu ver a barriga a mexer novamente. Ilusão ou realidade não sei. Se é possível ou não, não deve ser, mas mãe que é mãe acha sempre que o seu filho é especial, portanto, porque é que eu não posso afirmar que o meu dá pontapés com tanta força que a pança já abana?
Entretanto veio o Natal e a passagem de ano, as primeiras comemorações com mais um coração a bater dentro de mim, como diz a tia Diana que, entretanto, também está grávida. Agora, estamos ansiosos à espera da ecografia das 20 semanas para ver se já conseguimos saber se vai ser um Rafael ou uma Carolina. Logo na primeira ecografia, que não gostámos nada – um médico distante, pouco falador e até um pouco antipático, tive um pressentimento que seria um rapaz. Depois, novo pressentimento e a certeza de mãe de que afinal era uma rapariga. Costuma dizer-se que interessa é que seja perfeitinho e é a essa expressão que me agarro.
Escusado será dizer que no Natal as prendas foram quase todas para o bebé! E assim se vai compondo o enxoval – coisa pirosa de se dizer e que só me faz lembrar aqueles baús que as mães antigamente iam enchendo, com naperões, lençóis de cetim, toalhas de casa de banho cheias de rendas, copos de cristal, e outros objectos que ainda permanecem no baú –, a que já nem fraldas faltam! Obrigada a todos.
Agora com 18 semanas, segundo as informações da tia Joana, já deves ter cerca de 21cm (na ecografia das 12 semanas tinhas quase 6cm) e pesar 150g, o equivalente, por exemplo, à quantidade de amêndoa que a mãe põe na tarte. Depois vais ver como a mãe é boa cozinheira e como a casa está sempre cheia de amigos para jantar. A partir de agora começas a conseguir ouvir vozes, especialmente à minha, por isso, acho que vou despachar A Fórmula de Deus, livro de José Rodrigues dos Santos, para ler O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry, oferecido pela tia Andreia. Supostamente este livro não é para ler aos 30 anos, mas assim ficas já a saber a história.

1 comentário:

Eu disse...

Ter o mesmo peso que as amêndoas da tarde, parece-me óptimo, está crescido o rapaz! (foge-me sempre para aqui, o que é que queres!) Acho que o Principezinho é a leitura perfeita para ler aos 30 anos. Aliás, digo-te que li aos 14/15 e que odiei. Depois li passados 10 anos e achei lindo, lindo. É daqueles livros que dependendo da altura da tua vida em que estás se vai, quase misteriosamente, alterando, contando novas histórias, sempre com a mesma magia. Lê alto... para ele ouvir e se habituar a partilhar os momentos com a super mãe que ele tem. beijos enormes!